A mulher espanhola

07/04/2010

A mulher espanhola tem um nariz grande e anguloso, que marca o seu rosto como nunca. Tem sobrancelhas expressivas e boca grande.  Algumas usam o cabelo viçoso enrolado lá em cima da cabeça, num coque aéreo, outras deixam que as longas madeixas escorram sobre o corpo. Os olhos invariavelmente são castanhos, fortes, vivos, ainda mais quando são realçados pela maquiagem. E quanta maquiagem. Nos olhos, tudo é permitido. Eles são quase sempre negros, com rímel negro, lápis preto, sombra…negra! Os lábios são coloridos, e as maças do rosto marcadas com blush. No pescoço, avolumam-se colares e xale, quando não um laçarote de fita desses de desenho. A roupa é discreta, pouco decote. É como se elas soubessem que a elegância que emana naturalmente da sua magreza não tivesse nada a ver com um decotón de novela venezuelana. Ela não é gostosa, no sentido latino da palavra. Ela é elegante, no sentido mais europeu, e o consegue ser com um all-star, uma meia calça preta toda velha, um shorts jeans, uma camiseta de algodão e um tricô. Algumas usam um blazer tamanho G, com as mangas dobradas (o tipo de coisa impensável em qualquer outro tipo de mulher, tamanho o risco de ficar brega), outras marcam a cintura com uma daquelas saias de filme, de cintura alta e toda pegada ao corpo, e a sofisticação só aumenta.  Ela fuma, quase sempre. E bebe vinho, bebe cerveja, adora um coquetel, e come tapas, tudo de uma forma tão natural que realmente se percebe que a magreza só pode ser espontânea.  Anda com elegância, mas poucas correm na academia (praga que por aqui é rara…). A mulher espanhola é natural, é autêntica, e por isso é bonita.

3 Responses to “A mulher espanhola”

  1. Thais Says:

    Tati!!
    Adorei seu blog! Essa descrição da mulher espanhola, então… incrível!!
    Continue nos contando sobre suas impressões

    Um beijo grande

    Thaís

  2. Juanjo Says:

    E verdade, Tati. Muito boa sua descrição. Muito detalhado. Abraço.

  3. Arthur Garcia Prado Says:

    Oi Tati, tudo bem? Gostei do comentário” a mulher espanhola …”. Bacana, um beijão do cunhado.


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